quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Arte para além do lápis e do papel


Professora Clotilde Muniz Pires Reis
Minigrupo II B 



Alimentada pelas nossas discussões de formação e com o objetivo de proporcionar vivências de exploração, expressão e criação para nossas crianças do mini grupo II-B, elaborei uma oficina diferenciada de pintura.

Em nosso solário, sobre mesas foram oferecidos diferentes objetos riscantes tais como: pincéis, pentes, esponjas, escovas, e até mesmo os dedos. Para otimizar esta atividade,  disponibilizei variadas cores de tinta lavável para a pintura de objetos  do cotidiano como:  caixas e sacolas de papelão, vasilhas plásticas,  galões, pratos  e garrafas plásticas, peças de vestuário, canecas, bule de alumínio e calçados usados.
  
Ainda é muito comum pensar em atividades de arte restritas ao lápis, papel e modelos prontos. Mas para  que  possamos realmente ampliar o processo de criação e expressão das crianças, devemos propor atividades diferenciadas. 
Inspirada pelas imagens do livro Baby-Arte (recomendação de leitura), organizei um momento de vivências diferenciadas para os pequenos.

Preparar antecipadamente o ambiente é muito importante e pode ser decisivo para favorecer as experiências vividas pelas crianças, assim como, buscar sempre diversificar os materiais oferecidos.
“Para que as crianças possam criar suas produções, é preciso que o professor ofereça oportunidades diversas para que elas se familiarizem com alguns procedimentos ligados aos materiais utilizados, aos diversos tipos de suporte e para que  possam refletir sobre os resultados obtidos.
É aconselhável, portanto, que o trabalho seja organizado de forma a oferecer às crianças a possibilidade de contato, uso e exploração de materiais, como caixas, latinhas, diferentes papéis, papelões, copos plásticos, embalagens de produtos, pedaços de pano, etc. “ (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL página 100)
Em sala conversamos um pouco sobre a atividade, as crianças espontaneamente escolheram os riscantes e os objetos a serem pintados.  O interesse delas em colori-los foi contagiante, cada qual se acomodou e deu início a sua produção.

Em meio às pinceladas, ouvia-se comentários como:
-”Da hora! É isto que vou pintar”,
-“Puxa! vou deixar isto bem colorido!”
- “Prô, dá todo dia isso pra gente pintar!”.

Esta atividade “para além do lápis e do papel”,  resultou momentos agradáveis de integração e de criação. A interação das crianças nestes momentos permitiu a ampliação do processo criativo.


Em sala fizemos a exposição dos trabalhos e as crianças apreciaram melhor as produções e avaliaram a vivência daquela tarde.


(...) a experiência expressiva não depende de uma busca desenfreada a fazer mais e mais. Tão importante quanto fazer, é ver, apreciar, fruir. O tempo de fazer deve ser equilibrado com o tempo de olhar, pensar, imaginar e conhecer processos de produção. (ORIENTAÇÕES CURRICULARES Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas p.117)



Vídeo registro:

Outras experiências de criação e expressão pela arte:
Variando riscantes e materiais