Professora Clotilde
Muniz Pires Reis
Alimentada pelas
nossas discussões de formação e com o objetivo de proporcionar vivências de
exploração, expressão e criação para nossas crianças do mini grupo II-B,
elaborei uma oficina diferenciada de pintura.
Em nosso solário,
sobre mesas foram oferecidos diferentes objetos riscantes tais como: pincéis,
pentes, esponjas, escovas, e até mesmo os dedos. Para otimizar esta
atividade, disponibilizei variadas cores
de tinta lavável para a pintura de objetos
do cotidiano como: caixas e
sacolas de papelão, vasilhas plásticas,
galões, pratos e garrafas
plásticas, peças de vestuário, canecas, bule de alumínio e calçados usados.
Ainda é muito comum pensar em atividades de arte restritas ao lápis, papel e modelos
prontos. Mas para que possamos realmente ampliar o processo de criação e expressão das crianças, devemos propor atividades diferenciadas.
Inspirada pelas
imagens do livro Baby-Arte (recomendação de leitura), organizei um momento de
vivências diferenciadas para os pequenos.
Preparar
antecipadamente o ambiente é muito importante e pode ser decisivo para
favorecer as experiências vividas pelas crianças, assim como, buscar sempre
diversificar os materiais oferecidos.
“Para que as crianças possam criar
suas produções, é preciso que o professor ofereça oportunidades diversas para
que elas se familiarizem com alguns procedimentos ligados aos materiais
utilizados, aos diversos tipos de suporte e para que possam refletir sobre os resultados obtidos.
É aconselhável, portanto, que o
trabalho seja organizado de forma a oferecer às crianças a possibilidade de
contato, uso e exploração de materiais, como caixas, latinhas, diferentes papéis,
papelões, copos plásticos, embalagens de produtos, pedaços de pano, etc. “
(REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL página 100)
Em sala conversamos
um pouco sobre a atividade, as crianças espontaneamente escolheram os riscantes
e os objetos a serem pintados. O
interesse delas em colori-los foi contagiante, cada qual se acomodou e deu
início a sua produção.
Em meio às
pinceladas, ouvia-se comentários como:
-”Da hora! É isto que
vou pintar”,
-“Puxa! vou deixar
isto bem colorido!”
- “Prô, dá todo dia
isso pra gente pintar!”.
Esta
atividade “para além do lápis e do papel”, resultou momentos agradáveis de integração e de criação. A interação das
crianças nestes momentos permitiu a ampliação do processo criativo.
Em sala fizemos a exposição dos trabalhos e as crianças apreciaram melhor as produções e avaliaram a vivência daquela tarde.
(...) a experiência expressiva não
depende de uma busca desenfreada a fazer mais e mais. Tão importante quanto
fazer, é ver, apreciar, fruir. O tempo de fazer deve ser equilibrado com o
tempo de olhar, pensar, imaginar e conhecer processos de produção. (ORIENTAÇÕES
CURRICULARES Expectativas de Aprendizagens e Orientações Didáticas p.117)
Vídeo registro:
Outras experiências
de criação e expressão pela arte:
Variando riscantes e
materiais