É tempo de alimentar idéias, nutrir-se nas reflexões e fortalecer princípios
Nossos momentos de alimentação, muitas vezes, são horários de “rush” em nossas unidades, ainda considerados como instantes de intervalo entre as atividades.
No entanto, estes podem ser preciosos momentos de aprendizagem, convivência e interações, se planejados e organizados com intencionalidade e propósito pelos educadores.
São, assim, ricos instantes de educação e cuidados.
É através do ato de comer que construímos a nossa identidade alimentar e cultural.
A primeira experiência da criança com o sabor dos alimentos é ainda em vida intra-uterina, quando ela sente o gosto dos alimentos que a mãe ingere, através do líquido amniótico. A partir destas experiências antes mesmo de nascer, ela começa a ser inserida na cultura alimentar do mundo em que vive.
Comida não é apenas uma substância alimentar, é
também um modo, um estilo e um jeito de
alimentar-se e o jeito de comer define não só aquilo
que é ingerido, como também aquele que o ingere. (Roberto Damatta)
A família é a primeira instituição que tem ação sobre os hábitos do indivíduo. É responsável pela compra e preparo dos alimentos em casa, transmitindo seus hábitos alimentares às crianças.
No entanto, é na escola que as possibilidades de vivências sociais de alimentação se alargam, oportunizando novas experiências para as crianças na interação com o outro.
A forma como eu me comporto num pic-nic é diferente da maneira como eu me comporto num jantar.
As diferentes formas de se comportar nas diferentes situações de alimentação, são convenções culturais e sociais aprendidas pelas vivências oportunizadas
A refeição é um ato cerimonial, por isso quando provemos um alimento a alguém estamos dando ao alimento uma dimensão maior do que o fornecimento de um “pacote de nutrientes”.
“Não sentamos a mesa para comer, mas para comer juntos”. (Plutarco)
Muitos aspectos que influenciam a formação dos hábitos e preferências alimentares.
· Fatores internos: fatores fisiológicos e emocionais da alimentação (idade, sexo, saúde, atividades profissionais e físicas que determinas os hábitos alimentares das pessoas)
· Fatores externos: (culturais, regionais, religiosos, o acesso, condição sócio-econômica, forma de preparo dos alimentos, características da sociedade atual, influência dos meios de comunicação, saber técnico, modismos alimentares )
A criança aprende a falar, falando
a andar, andando
e a comer, comendo.
Como temos aprendido a comer?
Como as crianças têm aprendido a comer?
Como construímos nossos hábitos de alimentação?
Quais os fatores que contribuem para definir nossas preferências alimentares?
Como têm sido os instantes de alimentação que temos garantido às nossas crianças?
A educação tem por objetivo acessibilizar à todos os conhecimentos historicamente construídos.
Quando conseguimos compreender que todas as ações dos indivíduos são construídas numa rede cultural de significados, fica mais fácil compreender que as situações de alimentação, antes de somente um instante para comer, são momentos repletos de saberes e significados a serem partilhados e aprendidos.
Material institucional de suporte e consulta:
Secretaria Municipal de Educação
Departamento da Merenda Escolar
“Encontro para a discussão da implantação do Projeto Self Service -
Unidades com Serviço de Gestão Terceirizada”
Sentir, vivenciar, experimentar para aprender
Organizamos uma experiência vivenciada para o grupo buscando sensibilizar -los quanto a essas questões.
A experiência partilhada permitiu a todos compreender melhor os momentos de alimentação como instantes de conviver, aprender com o outro, experimentar novos sabores e vivenciar novas experiências.
Momentos de cuidar e de se sentir cuidado.
Assista o vídeo registro desse encontro
Assista o vídeo registro desse encontro
Irene querida
ResponderExcluirParabéns para você e sua equipe,vocês estão fazendo história e educação de qualidade.
Damaris